São mais de 30 anos dedicados ao forró pé de serra, dos quais foram 21 integrando o Trio Sabiá, um dos nomes mais populares do forró pé de serra do sudeste. Sua última apresentação com o trio foi em julho deste ano, e, de lá pra cá, tem se dedicado na finalização de seu novo cd, agora em carreira solo. Estamos falando de José Aluízio de Jesus Cruz, ou simplesmente Aluízio Cruz, cantor e compositor, sergipano de Simão Dias, que vive uma nova fase em sua trajetória desde que deixou a companhia de Tio Joca e Zito para alçar vôo próprio.
Aluízio está finalizando o seu cd solo intitulado "Forró bom", que conta com um repertório inteiramente autoral. Embora se mantenha fiel ao estilo pé de serra, o cantor pretende adotar uma musicalidade um pouco diferente da que era ouvida no Trio Sabiá. Para saber um pouco mais sobre o "Forró bom" e sua carreira, o blog do Ralabucho fez uma entrevista exclusiva com Aluízio, que falou com muito entusiasmo acerca de seus novos projetos. Confiram:
Ralabucho - Foram mais de 20 anos à frente do Trio Sabiá. O que o levou à decisão de retomar uma carreira solo?
Aluízio - A busca por novos ideais, que pretendo ampliar no cenário da cultura popular brasileira.
Ralabucho - Como foi a reação do público, dos fãs, ao saberem que você havia deixado o Trio Sabiá?
Aluízio - Inicialmente ficaram surpresos ao saber da minha saída do trio, mas, ao mesmo tempo, recebi bastante incentivo deles nesse meu novo trabalho.
Ralabucho - Embora seja nordestino, de Sergipe, você está radicado em São Paulo há mais de 3 décadas. Você percebe alguma diferença entre o forró tradicional praticado aqui no Nordeste e o do Sudeste?
Aluízio - Eu cheguei em São Paulo em 1980, comecei a cantar o forró em 1983, mas desde os 9, 10 anos que eu escuto Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Os 3 do Nordeste. Mas não vejo diferença não, o forró pé de serra é igual nos quatro cantos do mundo.
Ralabucho - O Trio Sabiá atravessou o período do chamado forró universitário, nos anos 90, e influenciou bastante a nova geração de forrozeiros do sudeste. Como você viu aquele movimento?
Aluízio - Vi de forma positiva, porque esse movimento abriu as portas para o forró pé de serra aqui.
Ralabucho - Fale um pouco do seu primeiro trabalho nessa nova fase, o cd "Forró bom". Quando será lançado? Há participações especiais?
Aluízio - O disco já está praticamente finalizado. A capa já está pronta, a contracapa também. Faltam apenas alguns detalhes, como, por exemplo, escrever um histórico da minha carreira, minha trajetória no forró, que pretendo inserir no material. O trabalho contém 15 canções, dentre forrós, xotes, baiões e arrasta-pés, todas de minha autoria, e também haverá participações, como a de Enok, do Trio Virgulino, que canta comigo a faixa "Xote das Loirinhas". Todos os arranjos são meus, fiquei muito tempo trabalhando neles, são simples, mas muito bem feitos. Acho que as músicas devem ter arranjos adequados, sem um arranjo bom fica não fica legal. Meu trabalho está muito bacana, estou muito feliz com ele e entusiasmado com essa nova fase. Pretendo lançar o cd agora em dezembro próximo.
Aluízio - O disco já está praticamente finalizado. A capa já está pronta, a contracapa também. Faltam apenas alguns detalhes, como, por exemplo, escrever um histórico da minha carreira, minha trajetória no forró, que pretendo inserir no material. O trabalho contém 15 canções, dentre forrós, xotes, baiões e arrasta-pés, todas de minha autoria, e também haverá participações, como a de Enok, do Trio Virgulino, que canta comigo a faixa "Xote das Loirinhas". Todos os arranjos são meus, fiquei muito tempo trabalhando neles, são simples, mas muito bem feitos. Acho que as músicas devem ter arranjos adequados, sem um arranjo bom fica não fica legal. Meu trabalho está muito bacana, estou muito feliz com ele e entusiasmado com essa nova fase. Pretendo lançar o cd agora em dezembro próximo.
Ralabucho - O "Forró bom" possui todas as faixas autorais, como você falou. É uma tendência que você pretende seguir, gravando principalmente canções autorais?
Aluízio - Não, não. Espero incluir, nos próximos trabalhos, canções de outros compositores também. Tenho várias músicas antigas com parcerias, algumas até inéditas, mas no "Forró bom" incluí apenas músicas novas.
Ralabucho - Quais foram os músicos que o acompanharam nessas gravações? Quais você pretende levar nas apresentações?
Aluízio - Tom Silva (sanfona), Tiziu do Araripe (zabumba), Carlinhos de Lia (contrabaixo), Tiaguinho (cavaco) e vários outros. Todos os músicos que participaram das gravações são grandes profissionais. Espero contar sempre com eles.
Ralabucho - Antes de ingressar no Trio Sabiá, você já tinha algumas músicas gravadas em carreira solo. Serão relançadas?
Aluízio - Eu realmente já possuía algumas músicas gravadas em 1990, mas que nunca foram lançadas. Recentemente, incentivado por um amigo, Ivan (do Rootstock), acabei usando essas canções para fazer um cd demonstrativo, promocional, intitulado "Cravo e Canela". As músicas são muito boas, tem bons forrós, como "Claridade", "Frevo baiano" e "Cravo e canela", faixa-título. É um trabalho bem gostoso de se ouvir.
Obs.: após a realização dessa entrevista, o cd "Cravo e canela" foi disponibilizado para download no site Forró em Vinil, no seguinte link: www.forroemvinil.com/aluizio-cruz-aluizio-cruz/
Ralabucho - E em relação aos shows, como anda a agenda?
Aluízio - Graças a Deus está tudo certo e continuo fazendo os meus shows. Também estou finalizando meu site, que é o www.aluiziocruz.com, que vai ter meu histórico, músicas, vídeos e espaço para contatos.